quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

HISTÓRIAS DE ANJOS...
De repente senti uma mão em meu ombro...”
De 1986 a 1991, fui capelão, de uma grande empresa de Gênova, que depois, com outras 3 mil unidades de trabalhos européias, transferiu-se para Volzskij, província de Volgograd, na Rússia.

Nos primeiros tempos, na alfândega de Kiev, portar imagens sagradas ou livros religiosos em língua Russa significava problemas na certa (a lei sobre a liberdade de culto ainda estava longe de ser aprovada...). Todas estas coisas eram bloqueadas e confiscadas, sem apelação. Não adiantava reclamar.

Usando de cortesia, paciência e astúcia, mas sobretudo favorecido por circunstâncias realmente especiais, eu que algumas vezes viajava com quatro, seis ou até dez malas (até chegar a 160kg), malas que eu tinha de carregar nas mãos, pois em Kiev não havia carrinhos apropriados no aeroporto _ sempre consegui escapar do perigo da requisição de meu material...

Todos os funcionários que viajavam _ eram avisados para limitar-se a carregar 20 Kg de bagagem. Eu, porém embora tenha havido uma ou outra manifestação contrária, sempre tive o consentimento de transportar o suficiente para desenvolver dignamente meu mandato pastoral.

Uma vez no entanto, em que eu havia ultrapassado muito os limites da prudência humana, perguntava-me com certa apreensão _ enquanto voava de Gênova para Kiev _ quais as esperanças poderia ter de passar ileso pela alfândega soviética. A resposta era de que “desta vez fora longe demais”. Com o coração apertado, quanto mais me aproximava do fim do vôo, mais aumentava a minha inquietação. É verdade que agira como irresponsável, mas agora não havia mais remédio.

Além do volume das bagagens, eu levava nos bolsos do meu casaco nada menos do que duzentas reproduções fotográficas do Rosto Sagrado do Sudário, para presentear os padres ortodoxos.

 Na sala de controle, parado numa das tantas fileiras de viajantes, eu tinha a intenção de passar por certo funcionário que, entre tantos em serviço me inspirava confiança. Foi então que senti um toque em meu ombro. Quando me virei para ver quem me chamava, vi-me diante de um gigante barrigudo, mas afável, saído não se sabe de onde, que me convidava a apresentar-me (ai de mim) a uma funcionária.

Achei que estava perdido, porque sabia _ por experiências de outros _ quanto as “disciplinadas” mulheres daquele país eram meticulosas, severas e intransigentes quando se tratava de examinar as bagagens de estrangeiros. Então tratei de tergiversar, de resistir, de dar a entender que pretendia ficar aonde estava, principalmente porque havia apenas uma pessoa na minha frente.

De nada adiantou. Sorrindo cortesmente, fez me entender que eu devia ir onde estava me mandando. “Que Deus me ajude”, bufei contrariado. E, ao contrário de todas as minhas expectativas, Deus me ajudou, e muito. Mudando de lugar, encontrei-me diante de uma graciosa jovem, cordial, educadíssima, num uniforme muito elegante, que me fez algumas perguntas e, de todo aquele...”safári” de malas, me fez abrir uma, e à minha escolha, que nem sequer chegou a olhar porque, porque exatamente naquele momento, veio novamente o “ogro” que me interpelara e, apontando pra mim com uma expressão respeitosa, sussurrou-lhe: “É um professor!”, como se lhe dissesse: Deixe-o ir!... E isso foi tudo.

Enquanto viajava de Kiev a Volgograd, refletia _ com os olhos fechados _ como conseguira passar incólume pelas estreitas malhas da censura soviética. Tal reflexão não me dava tréguas.

Quem era aquele gigante que tanto insistira, primeiro para fazer-me mudar de fila, depois para livrar-me dos aborrecimentos de uma inspeção que eu temia... desastrosa?

Em meio a um turbilhão de perguntas, lembrei-me de uma passagem muito bonita narrada por D Cesare Angelini, num escrito em homenagem ao Anjo da Guarda. Ei-la: Você tem idéia das formas que pode assumir o seu Anjo da Guarda segundo as épocas e necessidades de sua vida? Muitas vezes, você toma um caminho isolado, e alguém surgido não se sabe de onde o acompanha e caminha a seu lado, dizendo algumas palavras com ar familiar. Quem lhe disse que aquele não pode ser o seu Anjo da Guarda, que tomando a forma humana como a sua quer conduzi-lo são e salvo, evitando qualquer imprevisto?” Sim ! Quem me assegura que não tenha sido ele?...

E eu  repito essas palavras especialmente quando penso que aquele que tomou meu lugar na fila em que eu insistia ficar teve as malas tão vasculhadas que, na saída, soltava raios e trovôes por todos os poros, enraivecido contra métodos tão retrógrados.

Como as aparências enganam, às vezes! Naquele dia _ providencialmente _ pude contar com o...  meu Anjo da Guarda! Bendito seja o Senhor!
(Padre L. M. Trento, de uma carta publicada na revista Medjugorge – Torino)

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

  • ORAÇÃO AO ANJO DA GUARDA:

Eu creio,Senhor. Creio que colocaste um Anjo perto de mim, o Anjo da minha Guarda, para me acompanhar e conduzir. Creio que tenho um Anjo para me levar a Ti e conduzir-me à minha morada Eterna. Creio Senhor, e o aceito, mas te peço aumentai a minha fé.


Prometo que vou escutar meu Anjo. Tudo o que ele falar ao meu coração, todo o bem que me inspirar, o mal que me apontar, eu quero obedecê-lo. Quero estar atento ao meu Anjo porque foste Tu que colocaste ao meu lado.


Muito obrigado, meu Deus, porque me deste um companheiro desde que fui concebido no ventre de minha mãe. Peço perdão pelas muitas vezes que ignorei a presença de meu Anjo Protetor e não O obedeci.


Hoje eu me comprometo a acreditar, acolher, ouvir e obedecer ao meu Anjo!