quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

HISTÓRIAS SOBRE ANJOS
PADRE PIO E O ANJO DA GUARDA
Padre Pio tinha uma devoção muito especial, delicada e respeitosa pelo Anjo da Guarda. Desde a infância ele via seu Bom Anjinho, conversava com ele, o tinha como companheiro e ele sempre o ajudou. Foi o amigo obediente, fiel, pontual, que, como grande mestre de santidade, exerceu sobre ele um estímulo contínuo a progredir no exercício de todas as virtudes.

Sua ação assídua e discreta foi de guia, de conselho e de amparo. Se, por artes do demônio, algumas cartas de seu confessor chegavam até o Padre Pio manchadas de tinta, ele sabia como torná-las legíveis porque “o Anjinho lhe sugeria que, quando a carta chegasse, a aspergisse com água benta antes de abri-la”. (cf Epistolário, I p.321).

Quando recebia uma carta escrita em francês, era o Anjo da Guarda que lhe servia de tradutor: “Se a missão de nosso Anjo da guarda é grande, a do meu maior ainda, já que deve ainda fazer o papel de mestre e ensinar-me outras línguas”.

Valia-se do auxílio do Anjo da guarda para difundir seu apostolado mariano: “Gostaria de ter uma voz muito alta, para convidar os pecadores de todo o mundo a amar Nossa Senhora. Mas, como isso não está em meu poder, orei e continuarei a orar ao meu Anjinho para que faça isso por mim”.

O Anjo da guarda era o amigo íntimo que, de manhã, depois de tê-lo acordado, junto com ele louvava o Senhor: “Quando a noite chega, ao fechar os olhos, vejo o véu cair e abrir-se diante de mim o Paraíso. Assim embalado por essa visão, durmo com um sorriso de doce beatitude nos lábios e com uma perfeita calma na fronte, esperando que o pequeno companheiro de minha infância venha despertar-me para que juntos, possamos elevar os louvores matutinos ao escolhido de nossos corações”.

Nas investidas infernais, era o Anjo da guarda, seu amigo que aliviava os sofrimentos: “O companheiro de minha infância procura atenuar as dores que aqueles apóstatas impuros me infligem, acalentando-me o espírito em sinal de esperança”.


Quando o Anjo demorava a intervir, Padre Pio, confidencialmente, sabia dirigir-lhe uma reprovação áspera e fraterna: “Nem imaginam como aqueles infelizes têm me machucado. Algumas vezes tenho a impressão de que vou morrer. Sábado, pareceu que iriam acabar comigo. Não sabia nem qual Santo invocar. Volto-me para meu Anjo. Depois de esperar algum tempo, ei-lo então a voar ao meu redor e, com sua voz angelical, cantar hinos à Divina Majestade. Então, eu o repreendi duramente por ter demorado tanto, enquanto eu não me esquecera de chamá-lo em meu socorro. Para castigá-lo, recusei-me a olhar o seu rosto, queria afastar-me dele, queria evitá-lo, mas ele, coitadinho, alcançou-me quase chorando, até que, elevando o olhar, vi seu rosto e o encontrei todo desgostoso. “...Estou sempre perto de você”, ele me disse, “nunca o abandono, esta minha afeição por você não terminará nem mesmo com a vida”.

Padre Pio reconheceu e apreciou a função de “mensageiro” do amigo invisível. “ Se precisarem”, dizia a seus filhos espirituais, “enviem-me o seu Anjo da Guarda” E durante várias horas, de dia e de noite, ocupava-se a ouvir as “mensagens” de seus filhos que tantas criaturas angelicais, obediente, lhe traziam.(Padre Pio foi estigmatizado com as cinco chagas de Jesus, durante anos teve as feridas nas mãos, pés e do lado direito de seu corpo)
( G. Prejiuso, L’invisibile amico. Voce di Padre Pio, Nov. 1992)